inquietações / sonhos / possibilidades

Ir com a maré

A propósito de férias e de estar perto (rodeada e dentro) do mar: 

íamos de barco para a ilha da Fuseta e, como todos os anos, vimos novamente o edifício semi-abandonado que está na praia dos tesos na Fuseta.

De ano para ano sentimos mais um pouco da sua degradação. Multiplicam-se avisos para termos cuidado com derrocadas e ficam à vista mais pedaços da estrutura de aço. Como feridas.

Começámos a conversa a concordar que o edifício devia ser recuperado porque é identitário, ele define muito este lugar: a construção-quase-barco — amarelo e cor de sangue. janelas redondas — está pousada na areia em estacas de betão que a ajudam a fazer frente ao nível da água. Fica inacessível na maré alta.

Mar

Diálogo no barco a caminho da ilha:

— Podia ser um Museu do Mar.

— Com horário dependente das marés.

— Mudava todos os dias um bocadinho.

 

Muito mais tarde, quase a adormecer:

— ou podíamos ir a remar, na maré alta.

— ou ficavamos dentro do museu até voltar a descer.

 

Fica a dica, para a Câmara de Olhão.

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One response

  1. Acho que faz muito sentido um museu do mar funcionar ao ritmo das marés. Um museu onde, antes de ir, as pessoas consultem as marés antes de consultar o horário.
    Acho que há provavelmente muito mais coisas que faria sentido funcionarem assim, ao ritmo da natureza. Por exemplo, fecharem mais cedo no inverno, mal se faz noite e fechar mais tarde no verão.

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